Para aliados, a influência de Michel Temer como presidente do País será capaz de ampliar alianças em Fortaleza e sustentar uma candidatura do PMDB para a sucessão do prefeito Roberto Cláudio (PDT)
A tese de candidatura própria do PMDB para as eleições municipais em Fortaleza ganha força com a probabilidade crescente de Michel Temer chegar ao comando do Palácio do Planalto nos próximos dias. Nomes do partido reconhecem que o vice-presidente, assumindo o lugar de Dilma Rousseff (PT), poderia trazer influência política a candidato peemedebista de Fortaleza – que deve sair de uma disputa entre o deputado federal Vitor Valim, o vice-prefeito Gaudêncio Lucena e o ex-vereador Marcelo Mendes.
Com a Presidência da República nas mãos de “um partido com a estrutura do PMDB”, o senador Eunício Oliveira reconhece que a candidatura local se fortaleceria, apesar de críticas de opositores aos possíveis planos do governo Temer que “nem sequer existem”.
“Não tem nada a ver. Os programas do partido, até aqui, foram apenas estudos da Fundação Ulysses Guimarães, que recebe fundo partidário para realizá-los. O verdadeiro programa de Temer ainda está sendo elaborado”, esclarece. Para ele, as críticas são “discursos” promovidos pelo PT, que “perdeu a condições de governar” e “tenta criar disputa política e desqualificar a possibilidade de um governo forte”.
O vice-prefeito Gaudêncio Lucena (PMDB), um dos nomes fortes entre os pré-candidatura do partido, admite que exista espaço para críticas, porque “os remédios que serão adotados para a recuperação da economia são, na grande maioria, amargos” e que a imprensa tachará as medidas de “posturas neoliberais”, com apelo negativo.
“A ascensão de Temer, porém, será positiva: ampliará o arco de partidos que desejarão formar aliança para a implantação de um novo governo no município e no Brasil”, avalia Gaudêncio, que também não nega que tenha a preferência de Eunício Oliveira, fruto de trabalhos conjuntos e “amizade de longa data”, para representar a coligação na disputa municipal.
Marcelo Mendes e Vitor Valim formam, junto a Gaudêncio, o trio de favoritos à candidatura do PMDB. Para Valim, pré-candidato com mais chances na sigla, o “importante é ter candidatura própria e uma união dos partidos de oposição para combater o modelo de governo que está aí, no município e no Estado”, em referência às gestões Roberto Cláudio e Camilo Santana.
Saiba mais
Noivas esperam no altar
O apoio de PSDB à candidatura de Capitão Wagner não é certo. A “noiva pode ser abandonada na última hora”, disseram tucanos, que aguardam definição do PMDB antes de fechar acordo com o PR.
Amigo enfermo
“Dilma é aquele amigo que está doente e você lamenta, sabendo que vai morrer”, comparou Eunício Oliveira (PMDB).
Fonte: O Povo
Daniel Duarte
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