Em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia, os impactos das ferramentas digitais também se fazem sentir na política. Em campanhas eleitorais esta área já foi tratada até bem pouco tempo como “mídia alternativa”, mas hoje ocupa lugar central em candidaturas para qualquer cargo eletivo. O uso das redes sociais trouxe impactos positivos para a comunicação política, mas também desafios e impasses.
Em outubro de 2019, o Twitter anunciou publicamente a total proibição de propaganda política na plataforma. A decisão entrou em vigor em 22 de novembro e usou como argumento que “o alcance de uma mensagem política deveria ser algo que se ganha, não que se compra”.
Em seguida, no mês de novembro, o Google anunciou mudanças nas suas regras de anúncios impedindo a segmentação de propagandas para grupos específicos, além da publicação dos nomes dos políticos que investiram em publicidade em seus serviços. As medidas passaram a valer em 6 de janeiro de 2020.
No final de dezembro de 2019, foi a vez do Spotify, maior plataforma de streaming no mundo, anunciar o banimento de anúncios políticos a partir de 2020.
Diante deste cenário de maior rigor para a comunicação política nas redes, o Facebook e o Instagram decidiram no mês de março deste ano exigir informações adicionais para a contratação de anúncios políticos como número de documento de identificação pessoal, endereço, número de telefone local, e-mail e website. Tal medida já vinha sendo aplicada nos EUA, Canadá, União Europeia, Reino Unido, Argentina e Índia, sendo agora ampliada para mais 32 países. A expectativa é que o Brasil seja incluído numa próxima lista, ainda em 2020.