Eleições Brasil

Pesquisa RenascençaDTVM/Travessia: Possíveis candidatos em 2022 têm alta rejeição

De acordo com os resultados da primeira pesquisa da parceria RenascençaDTVM/Travessia, há altos índices de rejeição aos possíveis candidatos à presidente em 2022.

Os números repetem a tendência verificada na eleição de 2018, sinalizando que não houve ainda mudança significativa em relação à imagem dos políticos brasileiros. Além disso, a crise política em curso funciona como elemento fortalecedor dessa tendência de hostilidade à atividade política em geral.

Os resultados da avaliação de rejeição, podem ser divididos em pelo menos três blocos:

1) Possíveis candidatos com mais de 50% de rejeição: aqui estão presentes Guilherme Boulos, Lula e Flávio Dino com 58%, 53% e 51% respectivamente.

2) Possíveis  candidatos com rejeição entre 40% e 50%: neste bloco estão Jair Bolsonaro (50%), João Doria (49%), Fernando Haddad (47%), Rui Costa (44%), Luciano Huck (41%) e Wilson Witzel (40%).

3) Possíveis candidatos com rejeição abaixo de 40%: aqui pontuam Sérgio Moro (38%), Ciro Gomes (38%), João Amoêdo (36%) e Henrique Mandetta (26%).

Convém destacar que rejeições acima de 30% são sempre um sinal de alerta para os candidatos e suas equipes. Da lista de nomes avaliados pela pesquisa, apenas Henrique Mandetta escapa a essa linha de corte. Resta saber se seu nome se manterá em evidência ao longo dos próximos dois anos.

A rejeição afeta o potencial dos candidatos

Segundo especialistas da Travessia Estratégia, o índice de rejeição pode ser um empecilho na disputa das melhores posições na eleição 2022. Para Renato Dorgan, “a possível candidatura de Sérgio Moro cria muitas dificuldades para Bolsonaro. Moro dialoga com o mesmo público do presidente e tem uma rejeição 12 pontos mais baixa”. Já Bruno Soller visualiza outro embate de rejeições e potenciais: “apesar de Ciro Gomes sair na frente de Luciano Huck, o apresentador global tem mais tendência de crescimento no eleitorado lulista ao longo do tempo. A maior dificuldade de Ciro é dialogar com as classes mais baixas, onde o PT ainda é dominante. Huck se destaca justamente nesse nicho”.

A Travessia Estratégia entrevistou 1.503 pessoas por telefone, nos dias 29 e 30 de abril, em 115 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

(Com informações da Travessia Estratégia)

 

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