Por Hugo Weber Jr.
“O município é a célula mãe do Estado, é lá onde os cidadãos se encontram”. (Junus Andersen)
A COVID-19, de maneira pandêmica em toda humanidade, assim abrupta e indistinta, nos pegou de surpresa pela rapidez de seu contágio e sua letalidade nos deixando prostrados com suas consequências, o isolamento social e a crise econômica advinda, fazendo ruir os pilares de uma sociedade que estava estabelecida desde os primórdios.
Os valores, crenças, desejos e necessidades inseridos em nossa vivência por milhares de anos viraram pó.
O ser humano mudará, a sociedade mudará, as cidades mudarão, a visão de mundo de toda a população da Terra será outra, ela caminhará para outro lugar, não mais há como ficar nesse mesmo lugar e do mesmo modo, com os mesmos pensamentos e as mesmas atitudes de outrora. Como ficou designado, após esta catástrofe haverá “um novo normal”. Uma nova ordem mundial será estabelecida.
Mas que “novo normal” será esse? Um normal onde nossas relações afetivas e de relacionamentos serão afetadas, nosso modelo de trabalho, de uma hora para outra, virou de cabeça para baixo, ficando estabelecido que o “Home Office” é nosso novo lugar de trabalho e que o “Working in Home” é nosso novo modo de trabalhar com menor numero de deslocamentos, nossas compras passam a ser a maioria via aplicativos. Isso afetará profundamente o design e o modo de viver nas cidades. O estudo será EAD com poucas idas às escolas e faculdades, o campus universitário será menor. A Saúde será aferida através de telemetria e a segurança e a mobilidade serão controladas através de nossos aparelhos como “Um grande Irmão” nos observando e nos controlando.
Mas, há o outro lado, a própria natureza deu o sinal. O ar ficou menos poluído, os mares e os rios com menos detritos e resíduos, animais se reproduzindo mais, etc…, etc…, etc.
O que se faz pode nunca mudar, mas como fazemos as coisas, no entanto, deverão mudar. Nós continuaremos a viver, a aprender e a amar. E a conquistar, guardar e gastar de um jeito diferente, mas como?
E onde ocorrerão essas mudanças e onde poderão ser percebidas e efetivadas de modo mais célere e melhor?
Elas ocorrerão nas células primárias, que são em princípio os indivíduos e a seguir nas famílias e por consequência nos municípios. É lá onde essas mudanças ocorrerão e serão efetivadas de maneira rápida e eficaz, as comportamentais, as sociais, as culturais e as principalmente as estruturais e também as de lazer e cultura.
Nestas eleições 2020 temos a oportunidade de começarmos a estabelecer essas mudanças que deverão ser harmônicas, dinâmicas e contínuas e serão nos municípios que se estabelecerão os primeiros passos dessa nova ordem.
Por definição, o município é a circunscrição administrativa autônoma do Estado governado por um prefeito e uma câmara de vereadores e regido por uma Lei Orgânica.
Os agentes políticos, sabiamente, deverão estar atentos às essas mudanças, de comportamento e estruturais, que marcarão definitivamente o novo conceito de viver e essa eleição 2020 é a grande oportunidade e o grande desafio para estabelecer nos municípios os pilares dessa nova visão de mundo.
Os sete pilares da sabedoria são mencionados na Bíblia, no livro dos Provérbios (IX, 1).
“A Sabedoria construiu sua casa, e talhou os sete pilares”.
Os candidatos a novos gestores e novos legisladores precisarão estar alinhados aos novos tempos com novas ideias, novos valores e novos projetos e assim talharem os sete pilares de suas campanhas eleitorais que nortearão os novos rumos daqui para frente que são, a saber:
- REPENSAR – o que e como serão as nossas vidas daqui para frente.
- RESOLVER – o aqui e o agora com vistas a um futuro melhor e mais harmônico.
- REDUZIR – nosso consumo e nossa mobilidade e as consequências dessas decisões.
- REIMAGINAR – nossas relações interpessoais e um mundo novo.
- REELABORAR – nossos pensamentos e nosso modo de agir em nossa vida pessoal e profissional e as adequações necessárias para isso.
- REDESENHAR – nossas cidades e suas estruturas adequando-as a esse mundo novo e as suas consequências.
- REFORMULAR – nossos conceitos e nossa interação com o meio ambiente, com todos os seres vivos e com toda a sociedade.
Cabe aos candidatos verem-se como agentes nesse processo de mudança e não simplesmente como propaladores das propostas de suas campanhas eleitorais cabendo mais ainda aos eleitos, prefeitos e vereadores, que terão a responsabilidade de efetivar, responsavelmente, essas mudanças para a sociedade de seu município viver em um mundo adequadamente melhor e mais humano.
Como escreveu Thomaz Edward Lawrence – o famoso Lawrence das Arábias, em seu livro “Os Sete Pilares da Sabedoria” escrito em 1926 – “Todos os homens sonham, mas não da mesma forma, os que sonham à noite, nos mais fundos recessos de suas mentes, despertam ao amanhecer para descobrir que tudo não passava de vaidade. Mas os sonhadores do dia são homens perigosos, pois podem se empenhar por seus sonhos de olhos abertos e convertê-los em realidade. Foi o que eu fiz”.
O mundo está a um passo à melhor compreensão de como e porque o futuro progresso e a prosperidade estão indissoluvelmente ligados às ações concretas de uma mudança para a execução com visão.
Visão é a mudança em ação.
“A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro”, disse John Kennedy.
Grandes mudanças acontecem de dentro para fora.
SONHE, MUDE, FAÇA!!!
(*) Hugo Weber Jr. é Consultor em Marketing desde 93, Consultor Sênior da VOTO VALIDO – Planejamento em Resultados Eleitorais – Consultoria Político/Eleitoral e tradutor dos anseios da Sociedade.
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