Por Roberval Sousa (*)
Um questionamento comum no período eleitoral é: com a pandemia, a abstenção na eleição de 2020 vai aumentar ou diminuir?
Avalio que aumentará. Se fosse eleição federal aumentaria muito por dois motivos: muita gente vai evitar sair de casa com medo da Covid-19 e boa parte não iria desanimada com a política a nível nacional, em eleger representantes que enganam ou nunca resolveram problemas locais.
Já na eleição municipal, que é o local mais próximo do eleitor, onde vive e convive, a abstenção aumentará, porém em menor grau ou “percentual”. Levando em conta que as pessoas consideram que o seu voto e sua influência podem fazer a diferença pela proximidade com o possível eleito.
O eleitor segundo pesquisa vai procurar eleger quem resolva os seus problemas locais e que suas ações sejam visíveis a comunidade, e também que tenham propostas de solução sem muitas promessas vazias.
Os formadores de opinião estarão conectados aos candidatos que o trabalho possa ser comparado, medido e comprovado ao longo dos últimos anos.
Nessa avaliação de abstenção, um ponto importante é o adiamento para novembro, proposto no senado para 15 de novembro o primeiro turno. A disputa terá um desdobramento com as seguintes situações: Beneficiará a oposição, que terá mais tempo para mostrar pequenos erros, com numa narrativa bem construída poderá provocar estragos nos Prefeitos e Vereadores que estejam bem avaliados. Já os que estiverem sendo mal-avaliados terão mais tempo para mostrar ações que sejam positivas. Sendo assim, a conjuntura local e a avalição do eleitor deverá ser medida a cada momento durante todo processo eleitoral.
É importante a considerar nesta disputa que para capitalizar os votos deverá ser as inserções em rádio e tv, que são em maior número em relação aos programas eleitorais. As inserções de 30 segundos deverão ser mensagens de fácil entendimento que produzam resultados significativos e que possam ser usadas nas redes sociais.
(*) Roberval Souza é cientista político, professor e Diretor da Associação Brasileira de Consultores Políticos-ABCOP em Pernambuco.
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