Eleições Brasil

Partidos buscam mulheres e reforçam preparação

Mulheres na política

Após a eleição de 2018 ter sido marcada por escândalos relacionados a supostas falsas candidaturas femininas, partidos têm criado ou fortalecido cursos e programas direcionados a mulheres que querem disputar de fato uma campanha eleitoral. Ao contrário da eleição passada, a primeira na qual o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) obrigou as legendas a usarem 30% dos recursos do fundo eleitoral com candidatas, na campanha deste ano os partidos afirmam estar mais bem preparados para evitar problemas com a Justiça.

Após a eleição de 2018 ter sido marcada por escândalos relacionados a supostas falsas candidaturas femininas, partidos têm criado ou fortalecido cursos e programas direcionados a mulheres que querem disputar de fato uma campanha eleitoral. Ao contrário da eleição passada, a primeira na qual o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) obrigou as legendas a usarem 30% dos recursos do fundo eleitoral com candidatas, na campanha deste ano os partidos afirmam estar mais bem preparados para evitar problemas com a Justiça.

As siglas argumentam que, em 2018, foram surpreendidas pela decisão do TSE. Alegam também que é mais difícil convencer mulheres a se dedicarem à política, porque ainda hoje muitas delas continuam a cumprir jornadas duplas ou triplas, trabalhando e cuidando da família.

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Entre o ano passado e este ano, ao menos sete legendas tiveram cursos para pré-candidatas e líderes políticas femininas: PSDB, Podemos, PSL, Patriota, Republicanos (antigo PRB), PC do B e PL (antigo PR). Três dessas siglas têm programas que envolvem filiadas de todo o Brasil (PSDB, Podemos e Republicanos).

O restante são iniciativas de diretórios regionais. [ x ] Um exemplo é o do PSL do Tocantins, partido bombardeado em diversos estados com acusações de candidaturas de laranjas. As acusações levaram o Ministério Público de Minas Gerais a denunciar o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, após investigações iniciadas com base em reportagens da Folha. Também houve casos similares em Pernambuco, estado de Luciano Bivar, presidente do PSL e deputado federal.

No Tocantins, em cursos online, pré-candidatas a prefeitas e vereadoras têm tomado aulas de temas como regras eleitorais, estudo dos adversários políticos e estratégias de marketing eleitoral. A preparação “vai auxiliar as pré-candidatas a evitar problemas com a Justiça”, diz a deputada estadual Vanda Monteiro, presidente do partido no estado. “Vamos apresentar para nossa sociedade candidatos que estão realmente preparados, que entendem os contextos políticos, sociais e culturais e com reais chances de eleição”, diz.

Foto: Deputadas da bancada feminina em protesto na Câmara dos Deputados – Pedro Ladeira – 9.jul.2019/Folhapress

Fonte: Folha de São Paulo

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