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México deve eleger a 1ª presidente mulher neste domingo

Os mexicanos vão às urnas neste domingo (2.jun.2024) para escolher o(a) presidente que governará o país até 2030. Segundo o INE (Instituto Nacional Eleitoral) essa será o maior pleito no país. Mais de 98,3 milhões de eleitores decidirão os nomes que ocuparão 20.708 cargos. Dentre eles, 128 senadores e 500 deputados. O voto não é obrigatório.

A disputa deve eleger a 1ª presidente mulher na história do país. Os principais candidatos são Claudia Sheinbaum, da coligação Sigamos Haciendo Historia (centro-esquerda), Xóchitl Gálvez, da coligação Fuerza y Corazón por México (centro) e Jorge Álvarez Máynez, do partido Movimiento Ciudadano (centro-esquerda).

As duas candidatas lideram as pesquisas de intenção de voto. No levantamento realizado de 21 a 24 de maio pela empresa mexicana Mitofsky, Sheinbaum aparece com 56,9% das intenções de voto válidos, ou seja, que não considera os entrevistados que não declararam seus votos. Gálvez tem 31,2% e Máynez, 11,9%.

Para a pesquisa, foram entrevistados presencialmente 1.200 eleitores. A margem de erro é de 2,8 p.p. para mais ou para menos. Contabilizando os participantes que não declararam seus votos, Sheinbaum tem 50% das intenções. Gálvez aparece com 27,4% e Máynez com 10,4%.

No México, o presidente é eleito por maioria simples. Isso significa que o candidato que tiver o maior número de votos válidos é declarado vencedor. Não há 2º turno. As eleições são realizadas em um contexto de insegurança.

Pesquisa do Inegi (Instituto Nacional de Estatística e Geografia), divulgada em 18 de abril, mostra que 61% dos adultos mexicanos sentem-se inseguros vivendo em suas próprias cidades, principalmente por causa do medo de roubo ou violência armada. Nos últimos 6 anos, durante o mandato do presidente Andrés Manuel López Obrador, o México registrou mais de 188 mil assassinatos.

A extorsão por grupos armados tornou-se uma prática comum em todo o país. Além disso, observou-se um aumento nos casos de desaparecimentos forçados. Existe ainda a violência eleitoral. Desde março de 2024, foram registados assassinatos de pelo menos 15 pré-candidatos ou candidatos no país, segundo informações da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos).

Com informações da AFP.

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