Capitão Wagner amplia debate sobre segurança no segundo turno em Fortaleza

Capitão Wagner amplia debate sobre segurança no segundo turno em Fortaleza
Capitão Wagner amplia debate sobre segurança no segundo turno em Fortaleza

Candidato à prefeitura de Fortaleza, o deputado estadual Wagner Sousa Gomes (PR), o Capitão Wagner, aproveita o maior tempo de propaganda no rádio e na TV no segundo turno para ampliar o tema-base da sua campanha, a segurança, para áreas como saúde, educação e cultura.

Em entrevista à Agência Brasil, Capitão Wagner diz que não teme ser candidato de um tema só e promete buscar diálogo com a oposição na Câmara Municipal caso seja eleito. Ele disputa o segundo turno com o atual prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). No primeiro turno, Capitão Wagner conquistou 31,15% dos votos válidos, e Cláudio, 40,81%.

Agência Brasil: O senhor entrou na campanha investindo no tema da segurança, tomando-o como uma base. O senhor não temeu ficar monotemático?

Capitão Wagner: Não. Acredito que os eleitores perceberam que a candidatura não é monotemática. Na verdade, a imprensa tem puxado muito o tema segurança pública, os adversários também. Se eles puxam tanto, é porque é um tema importante. Não tem como o gestor da cidade não tratar desse tema com muita responsabilidade, sabendo que trabalhar a segurança pública é fazer o social, é investir em educação, cultura, na ocupação dos espaços públicos, em iluminação pública e não somente investir na Guarda Municipal.

Agência Brasil: A gente percebe que houve uma mudança de conotação do termo segurança, para não falar só sobre segurança pública na campanha. Como foi trabalhada essa nova conotação, a ampliação desse tema?

Capitão Wagner: Na verdade, o cidadão hoje é violentado de diversas formas: quando ele vai ao posto de saúde e não encontra o medicamento, quando ele está na emergência do hospital e é atendido no corredor, numa maca. Então, a violência não é só a violência da segurança pública, mas na educação, na cultura, na saúde. E a gente resolveu encarar realmente o tema segurança de forma muito ampla. Acho que deu certo, chegamos ao segundo turno com votação expressiva: 400 mil eleitores me colocaram no segundo turno, eu tinha a expectativa de 300 mil votos. Foi muito satisfatório o resultado e mantemos essa mesma linha.

Agência Brasil: Voltando à questão da segurança pública, o seu vice [Gaudêncio Lucena, do PMDB] é um empresário do ramo da segurança, de transporte de valores. Tem alguma relação com isso o fato de o senhor ter escolhido ele?

Capitão Wagner: Isso é muito bom, ele tem uma experiência muito grande, é um empresário muito bem-sucedido, não conseguiria chegar aonde está hoje se não fosse competente. Ele vai me ajudar com a experiência que tem em relação à iniciativa privada, o trabalho de um gestor, e também pela experiência que ele tem na prefeitura: é o atual vice-prefeito, conhece a máquina, sabe quais são as dificuldades e os vícios que existem na prefeitura. Ele vai me auxiliar no caminho de identificar esses problemas e solucioná-los.

Agência Brasil: Falando sobre a Câmara Municipal, a gente viu que ela foi formada por 12 candidatos que se elegeram do PDT [partido do prefeito e candidato à reeleição], além de outros que são da base do Roberto Cláudio. Caso o senhor seja eleito, como vai lidar com essa oposição?

Capitão Wagner: Com muita tranquilidade. Se a gente for ver, na eleição passada, o grupo do PT [o candidato era Elmano de Freitas] elegeu 28 vereadores e o adversário, que era o Roberto Cláudio, elegeu uns dez. Foi o que aconteceu comigo agora. Tenho certeza que, se a gente ganhar as eleições, pela experiência que tive como vereador – passei dois anos na Câmara –, não vou ter qualquer dificuldade em conversar, em dialogar e ter o apoio da Câmara Municipal na quantidade de vereadores necessários para a gente ter aprovação dos projetos.

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