Obama quer punir Rússia por hacks ligados às Eleições dos EUA

Obama quer punir Rússia por hacks ligados às Eleições dos EUA Foto: IDGNow

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu punições para a Rússia por hackear pessoas e grupos ligados ao Partido Democrata norte-americano durante o período das eleições presidenciais, que acabaram vencidas pelo republicano Donald Trump.

“Nosso objetivo continua sendo enviar uma mensagem clara para a Rússia ou outros não fazerem isso porque podemos fazer coisas com vocês”, afirmou Obama em uma coletiva, em que destacou que algumas dessas ações aconteceriam de forma secreta e outras de forma pública.

Questionado sobre uma possível participação do presidente russo Vladimir Putin nos ataques hackers, Obama foi enfático: “pouca coisa acontece na Rússia sem Vladimir Putin”.

Obama encontrou Putin durante um evento na China, em setembro, quando disse para ele “parar com isso” ou “haveria consequências sérias”, afirmou o presidente norte-americano. Depois deste encontro, as tentativas de ataques hackers pararam, mas o Wikileaks já tinha recebido cópias dos documentos roubados.

Enquanto Obama apoia ações contra a Rússia, é muito provável que o recém-eleito Donald Trump não apoie isso. Trump já descartou as alegações de que o governo russo teria interferido nas eleições dos EUA para ajudá-lo a vencer a democrata Hillary Clinton.

De qualquer forma, Obama ordenou que as agências de inteligência dos EUA forneçam um relatório sobre o suposto papel da Rússia nas eleições presidenciais.

Na sexta-feira, 16/12, reportagens apontaram que o FBI está ao lado da CIA na questão e também concluiu que a Rússia tentou influenciar as eleições dos EUA para ajudar Trump a vencer.

Obama disse que quer evitar politizar as descobertas e espera que Trump vai compartilhar da mesma preocupação sobre os esforços do Kremlin para influenciar a eleição. “Apenas revelamos os fatos”, afirma Obama.

Punições

Sanções, acusações legais e ciberataques são possíveis opções de punições dos EUA contra a Rússia, mas elas podem não ser fortes o bastante, afirmam especialista em cibersegurança.

“Nunca tivemos boas respostas, para começo de conversa”, explica o pesquisador de malware da Fidelis Cybersecurity, John Bambenek.

“Vamos entrar em guerra com a Rússia por isso? Teoricamente, essa é uma opção. Mas não é uma situação vencedora”, diz.

Na sexta-feira, 16/12, Obama disse que os EUA vão adotar uma abordagem “cuidadosa e metódica” para o caso.

Fonte: PC World / EUA

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