Nem mesmo as eleições municipais deste ano estão imunes ao descontrole fiscal do governo de Dilma Rousseff. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, publicada nesta terça-feira (10), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem recursos suficientes para o pleito de outubro. O órgão teve cortado 35% do seu orçamento de R$ 750 milhões para o ano, o que representa uma queda de R$ 256,6 milhões.
Para o deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG), a incerteza sobre a realização das eleições afeta a democracia no Brasil.
“Quando você tira do TSE as condições mínimas para poder se organizar para um processo eleitoral, você está atingindo diretamente a democracia de um país, o que põe em risco todo o jogo democrático que está sendo feito. Isso mostra descompromisso, despreparo, e também que não tem nenhuma área do governo que ficou salva dentro dessa desorganização”, avaliou o tucano.
A colunista também destaca que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que assumirá a presidência do TSE na quinta-feira (12), já afirmou que a situação é grave e deve ser resolvida “com urgência”, caso contrário as eleições estarão ameaçadas. Na avaliação de Caio Narcio, será necessário cortar recursos de outros setores para que o processo eleitoral seja cumprido normalmente.
“Não se pode deixar um país sem ter eleição. Quando a gente fala em recursos, eles são limitados e finitos, para atender um lado você tem que descobrir outro. Então algum setor, sem dúvida nenhuma, vai ser prejudicado”, analisou o parlamentar.
PSDB