A apuração dos resultados da eleição para governador do Amazonas neste domingo (6) mostrou que nenhum dos candidatos alcançou mais de 50% dos votos, levando a disputa para o segundo turno. Amazonino Mendes recebeu 577.397 votos (38,77% do total), enquanto Eduardo Braga ficou com 377.680 votos (25,36% do total).
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, acompanhou a votação na capital do estado, Manaus, e conversou com a imprensa sobre o trabalho realizado pela Justiça Eleitoral durante o pleito.
Segundo ele, “sem dúvida nenhuma, em termos de logística, o Amazonas tem a eleição mais difícil do Brasil porque exige uma série de providências e, para isso, é fundamental a integração entre as autoridades, a Justiça Eleitoral e as Forças Armadas”. Isso porque o deslocamento das urnas em barcos, aviões, helicópteros exige uma atuação dessas instituições para permitir que as diversas comunidades ribeirinhas e indígenas possam exercer o direito ao voto. A Força Federal atuou em 23 municípios do estado para apoiar esse trabalho da Justiça Eleitoral.
Uma nova eleição para governador do Amazonas foi necessária porque o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, no dia 4 de maio deste ano, os mandatos do governador do Amazonas, José Melo (PROS), e de seu vice, José Henrique de Oliveira, por compra de votos na eleição de 2014. Na ocasião, a Corte Eleitoral determinou ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) que realizasse nova eleição direta para os cargos.
Para o ministro Gilmar Mendes, “a realização de uma eleição como esta, com todas as dificuldades que nós sabemos, é um bom teste para a Justiça Eleitoral e para as urnas eletrônicas que tem que funcionar nas aldeias indígenas, nesses locais inóspitos e remotos, e também é um teste democrático, pois ao invés de anularmos as eleições e chamarmos o segundo lugar ou discutir uma eleição indireta, estamos realizando uma eleição direta com a participação de todo o povo amazonense”, enfatizou.
TSE