Impeachment de Collor influenciou a eleição municipal de 1992

Em 1992, o afastamento do presidente Fernando Collor de Mello (PRN) ocorreu em meio às eleições municipais. Diferentemente do que se deu em 2016 com Dilma Rousseff, o Impeachment de Collor aconteceu ao longo do segundo semestre, em pleno processo eleitoral.

A eleição de 1992, além do cenário de impeachment, teve outra particularidade por ter sido a primeira com segundo turno em cidades com mais de 200 mil eleitores. Naquela eleição as quatro maiores cidades do país em eleitorado tiveram disputa em dois turnos: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte.

Em São Paulo o ex-governador Paulo Maluf (PDS), anteriormente aliado de Collor, posicionou-se abertamente a favor do Impeachment e foi eleito prefeito da capital contra Eduardo Suplicy  (PT). A adesão ao impeachment contribuiu para pôr fim a uma série de derrotas de Maluf em eleições anteriores. No Rio de Janeiro, o eleito foi César Maia (PMDB), disputando contra Benedita da Silva (PT). Os dois candidatos posicionaram-se a favor do impeachment de Collor. Em Salvador, Lídice da Mata (PSDB) vence Manoel Castro (PFL), candidato apoiado por Antônio Carlos Magalhães, que defendia Collor de Melo. Já em Belo Horizonte, Patrus Ananias (PT) venceu Maurício Campos (PL), candidato coligado com o PRN, partido de Collor de Melo.

(Com informações do TSE e Wikipédia)

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