As eleições polonesas continuam a gerar polêmica e a repercutir internacionalmente. Ontem, 28 de abril, o ex-Primeiro Ministro da Polônia e ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk apelou ao boicote das eleições presidenciais por correspondência marcadas para 10 de maio.
Segundo Tusk, em mensagem publicada no twitter, a votação organizada na Polônia “não tem nada a ver com uma eleição” e “se todos os polacos honestos disserem: ‘isto não são eleições e não participamos’, o PiS cederá no último momento”. PiS é a sigla do Lei e Justiça, partido do presidente Andrzej Duda e do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki.
Outras manifestações recentes sobre a eleição também tiveram destaque na imprensa internacional. A Human Rights Watch, sugeriu às autoridades polacas que, caso as eleições “não garantam a saúde dos cidadãos, ou não sejam justas e livres”, devem ser adiadas. O Parlamento Europeu também se manifestou contra a realização da eleição durante a pandemia e bispos católicos poloneses apelaram para que os políticos realizem “eleições livres e justas”. Na sexta-feira 24 de abril, o próprio ministro da Saúde da Polônia Lukasz Szumowski declarou em entrevista à TV Polsat que adiar as eleições presidenciais de maio para 2022 é a “única opção segura” para o país.
(Com informações do Observador e do G1)