Presidente peruano tem melhor avaliação da América do Sul

O presidente do Peru Martín Vizcarra, possui o melhor resultado de avaliação quando comparado a presidentes de outros países sul-americanos. A constatação é de um estudo elaborado pela Travessia Estratégia e que considerou resultados de avaliação de gestão de presidentes de nove países da América do Sul.

Segundo dados coletados pelo instituto Pulso Peru, Martín Vizcarra atingiu a marca de 82% de aprovação pelos peruenses. Para Bruno Soller, estrategista e coordenador do estudo, “dos pontos que mais chamam a atenção é a subida meteórica de Vizcarra que era visto com certa ressalva pelos peruanos após a renúncia de Pedro Paulo Kuczynski, chamado de Temer peruano, e tem se mostrado um presidente que recupera a autoestima do seu povo. O Peru teve um bom crescimento econômico ano passado e tem tudo bom comportamento no combate ao coronavírus”.

Em segundo lugar no ranking vem o presidente argentino Alberto Fernández, com 68% de aprovação. Os dados são do Instituto Giaccobo. Para Soller, “a forma como a Argentina tem lidado com a crise da COVID-19 tem feito Fernández sair da aba do kirchnerismo e superar a resistência que os macristas tinham em relação a ele. Sua avaliação pessoal supera a do governo e atinge 80%”.

O ranking de aprovação prossegue com o presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou com 58% (Instituto Cifra), a presidente da Bolívia Jeanine Áñez com 53% (Instituto Captura), o presidente da Colômbia Iván Duque com 52% (Instituto Invamer) e o presidente do Paraguai Mario Abdo com 42% (Instituto CIES).

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro figura apenas no 7º lugar da lista, com 35% de aprovação, segundo dados da empresa Travessia Estratégia. Para Bruno Soller, “a falta de liderança de Bolsonaro durante a epidemia no Brasil, tem feito derreter sua aprovação e o faz estar em companhia nas últimas posições dos presidentes que quase sofreram impeachment em seus países no ano passado”, referindo-se aos presidentes Sebastian Piñera, do Chile, e Lenin Moreno, do Equador, últimos colocados no ranking de aprovação, 24% e 23% respectivamente, de acordo com os institutos Plaza e Cedatos.

Soma-se aos problemas de Bolsonaro no enfrentamento da COVID-19 a saída conflituosa de Sérgio Moro do governo. Segundo Soller “é preocupante a situação do presidente, ainda mais em um momento em que está sob inquérito do Supremo Tribunal Federal”, inquérito este ocasionado pelas denúncias de Moro em coletiva do dia 24 de abril, em que anunciou o seu desligamento do cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública.

(Com informações da Travessia Estratégia)