No próximo domingo, 21 de junho, a Sérvia realizará eleições parlamentares. O cenário é de favoritismo para o Partido Progressista Sérvio (SNS, de centro-direita), liderado pelo presidente Aleksandar Vucic, que não é candidato. São as primeiras eleições da Europa depois do pico da pandemia de COVID-19.
O pleito inicialmente previsto para o dia 26 de abril, foi cancelado e posteriormente adiado para esta semana por conta das medidas de isolamento social tomadas para evitar contágios do coronavírus SARS-CoV-2.
De acordo com as pesquisas mais recentes, o SNS pode alcançar 60% dos votos, após ter angariado 48,5% nas eleições realizadas em 2016. O aliado Partido Socialista (SPS) espera chegar a 14% dos votos, o que daria à coalizão uma maioria absoluta de dois terços.
Os demais partidos políticos não devem chegar nem a 5% dos votos. Sete grupos têm possibilidades de superar o mínimo exigido de 3% para entrar no Parlamento.
Campanha Virtual
A COVID-19 teve efeito moderado na Sérvia, com cerca de 12,5 mil casos confirmados e 250 mortes entre os 7 milhões de habitantes do país.
No entanto, o ritmo de contágio voltou a crescer rapidamente desde 5 de junho, com entre 50 a 90 casos diários, longe das centenas por dia registradas no início de abril, mas acima do que mostravam os ralatórios da segunda quinzena de maio.
Essas eleições serão realizadas após uma campanha virtual e televisionada, de modo a evitar a propagação do vírus.
“A pandemia mudou o mundo. E mudou totalmente as circunstâncias destas eleições”, destacou à Agência Efe o analista Bojan Klacar, da ONG Centro para as Eleições Livres e a Democracia (CeSID), ao se referir à falta de atos públicos e a incomum data das eleições, em pleno verão, o que nunca aconteceu nos últimos 30 anos no país.