A principal mudança nas eleições para vereadores é que não poderá haver coligação, isso já sabemos. Mas com a mudança principal, vem as acessórias
Além do fim das coligações para candidaturas a vereador, há outros detalhes importantes a serem observados nas regras das eleições 2020.
Em relação às candidaturas femininas, os partidos terão que lançar a nominata sozinhos e devem observar a quota de gênero de 30 e 70% para cada gênero. A quota de gênero não é o mínimo de 30% para as mulheres como algumas pessoas insistem em afirmar, mas sabemos que os partidos tem maior dificuldade em conseguir candidatas mulheres e acaba, na prática, por haver, infelizmente, menos mulheres do que homens se candidatando.
Dessa forma, caso os partidos queiram lançar a quantidade máxima de candidatos permitidos, terão que, consequentemente, observar para que a quota mínima de 30% seja cumprida para um dos gêneros. Além disso, os partidos poderão lançar como candidatos até 150% das cadeiras que a câmara possui. Logo, o que antes poderia ser dividido entre vários partidos para que se formasse uma quantidade de candidatos, será o desafio de um único partido para conseguir mais candidatos.
Em relação aos 150% para a quantidade de cadeiras, vamos à uma conta básica e rápida.
A câmara de vereadores da cidade X possui 17 vereadores. Com isso, cada partido poderá lançar 150% das vagas, o que seria calculado da seguinte forma: 17 x 150% = 25,5. O total seria de 25,5 a ser lançado por cada partido, no entanto, como o cálculo contabilizou uma fração com final igual ou superior a 5, deve ser arredondado para cima e, consequentemente, cada partido poderá lançar até 26 candidatos a vereador no município X.
Seguindo no mesmo exemplo, dos 26 candidatos, 8 seriam de um gênero, cumprindo os 30% e 18 seriam de outro gênero, cumprindo os 70%. Estes números foram arredondados da seguinte forma: 30% de 26 é igual a 7,8 arredondado para 8, e 70% de 26 é igual a 18,2, arredondado para 18.
(Com informações do MT Agora)
Foto: Câmara Municipal de São Paulo
