Por Magno Xavier(*)
A internet 5G é uma conquista tão importante para o desenvolvimento do país que nos faz pensar: será que finalmente vamos deixar de ser sempre aquele país do futuro para sermos o país do presente?
A humanidade pode ser classificada antes e depois de 1760. Antes desta data vivia-se de forma extremamente rudimentar no que diz respeito à confecção de artefatos para o provimento das necessidades básicas do ser humano, alimentação, vestimentas, utensílios domésticos, meios de transporte etc. A partir de 1760 aproximadamente, acontece uma grande evolução econômica chamada de 1ª Revolução Industrial, a partir de quando se desenvolveu alguma mecanização. São conquistas da 1ª Revolução Industrial, por exemplo, o tear mecânico e a máquina a vapor de James Watt em 1769. Isso trouxe um avanço significativo para o comércio e a sociedade em geral.
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Menos de um século depois, por volta de 1850, a humanidade entra na sua 2ª Revolução Industrial, quando foram implantados nas estruturas fabris do período anterior, os sistemas de linhas de montagem, baseados na descoberta da eletricidade, bem como a criação dos primeiros motores a combustão baseados nas descobertas dos combustíveis fosseis derivados do petróleo e o aço. Tudo isso permitiu não só a produção em larga escala daquelas fabricas antigas e obsoletas, como a criação de novas plantas produtivas modernas. Com isso o comércio se expande agora para outras regiões do globo.
Outro século mais tarde, já em 1950, a indústria dá um novo salto, agora para a sua 3ª Revolução Industrial que culminou com os sistemas autônomos, com a eletrônica, com a engenharia genética, com a robótica, com os computadores, com a internet, permitindo a globalização das nações.
No ano de 2014, pouco mais de meio século depois, entramos na 4ª Revolução Industrial ou na chamada Indústria 4.0, cujo conceito foi cunhado em 2016 por Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, e diz o seguinte: “A Quarta Revolução Industrial gera um mundo no qual os sistemas de fabricação virtuais e físicos cooperam entre si de uma maneira flexível a nível global”. Ou seja, traz o “conhecimento” para o centro do processo, se traduzindo no emprego de tecnologias disruptivas, compostas por sistemas cibernéticos, redes na nuvem, realidade aumentada, realidade virtual, inteligência artificial, internet das coisas (IoT), criptomoedas e metaverso.
O Brasil chega nesta fase como sempre, com um atraso. Mas como este economista costuma dizer: “antes tarde do que nunca” ou, pelo menos, “antes tarde do que mais tarde”. Enquanto países como Coreia do Sul já usam a rede de internet 5G desde abril de 2019. O Brasil está entrando só agora no fim de 2021.
De qualquer modo, este é talvez o feito mais importante do Governo do presidente Jair Bolsonaro até então, acontecimento que entrará certamente em seu discurso em busca da reeleição. Outro aspecto importante é que esta tecnologia 5G alinha o sistema produtivo do país às metas de redução dos gases de efeito estufa, prometido pelo Governo Federal na COP 26.
Daqui pra frente os processos produtivos ficarão muito mais eficientes, economizando energia e recursos naturais de um lado e, de outro, possibilitando a criação de novos processos e de novos produtos sustentáveis ecologicamente. Além disso, o leilão ter rendido aos cofres do Tesouro Nacional uma quantia de R$ 4,8 bilhões, do total de R$ 47,2 bilhões. Os restantes R$ 42,4 bilhões serão investidos pelas empresas vencedoras do leilão na infraestrutura necessária, em um prazo de até 20 anos segundo a Anatel.
O segundo passo agora deve ser a atualização do marco regulatório para esta nova tecnologia, que esperamos não demorar muito.
Portanto, sejam todos muito bem vindos à “nova matrix”.
(*) Magno Xavier é economista e especialista em gerenciamento de empresas pela UERN e cursa MBA/EAD em Marketing Político pela UnyLeya.
E-mail: [email protected] – Instagram: @magnoxavier_economista – Twitter: @MagnoXavier2
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