A Câmara Nacional Eleitoral argentina informou, no último balanço divulgado, que, até as 14h, 45% dos eleitores haviam votado no segundo turno da eleição presidencial da Argentina neste domingo (19), no qual o governista Sergio Massa e o libertário Javier Milei disputam o comando da Casa Rosada nos próximos quatro anos.
No mesmo período no primeiro turno eleitoral, em 22 de outubro, 44,4% haviam votado. Ao todo, 77,6% dos eleitores compareceram para votar no primeiro turno.
Segundo o Observatório Político Eleitoral do governo da Argentina, mais de 35 milhões de pessoas estão aptas a votar. A disputa é uma das mais acirradas dos últimos anos no país, com cenário incerto que deve ser decidido voto a voto.
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Opositores diretos, Massa e Milei representam dois projetos distintos de país para a Argentina. E os eleitores vão ter que escolher aquele que consideram melhor diante de uma realidade de crise, com falta de dólar no país, inflação de três dígitos e pobreza e desemprego crescentes.
Massa é o atual ministro da Economia da Argentina, colocado no cargo em setembro de 2021 pelo presidente Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, com o objetivo de tirar o país da crise.
No entanto, a inflação da Argentina fechou em 50,9% no ano de 2021 e só veio crescendo desde então. Em 2022, ela fechou em 94,8%. E, agora, está em 142,7% ao ano.
Massa, que é próximo de outros governos de esquerda da América do Sul, promete resolver a situação olhando para os direitos sociais, principalmente da população mais pobre.
Foi nesse cenário que a candidatura de Milei despontou. Apesar de ser deputado federal em seu primeiro mandato, ele é considerado um outsider da política, já que se coloca contra a “casta” dos políticos.
Com discursos inflamados, Milei trilhou seu caminho até o segundo turno fazendo críticas a todos os seus opositores, aos governos brasileiro e chinês, ao papa Francisco e às medidas econômicas e sociais da esquerda.
Entre suas principais propostas, e também apontadas como mais difíceis de implementação, estão o fechamento do banco central argentino e a dolarização da economia do país.
Ele defende que direitos sociais não devem ser concedidos porque o governo ou as empresas privadas terão que pagar por eles. Além disso, se define como libertário, que acredita que o Estado não deve interferir em nada na economia e na vida das pessoas, mas deixar o mercado autorregular.