O pré-candidato a prefeito de Itabira, Ronaldo Lage Magalhães (PTB), visitou a redação de DeFato na tarde desta segunda-feira, 7 de março, e falou sobre as expectativas para as eleições de outubro. O petebista, que esteve acompanhado do presidente da legenda, Wilson Campos, se diz mais preparado do que quando se elegeu prefeito no ano 2000. Para 2016, ele espera uma disputa mais intensa. “Tem que ter coragem para encarar”, afirma.
A intensidade tem a ver com o prazo mais curto de campanha. As novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinam que o prazo para os candidatos pedirem votos nas ruas (pelo menos oficialmente) será de 45 dias, a metade do que era até a última eleição. Mas também é preciso alguns dias para regulamentar a candidatura, providenciar o CNPJ e os materiais publicitários. O cálculo é de que para campanha efetiva mesmo reste apenas pouco mais de 30 dias.
“Em um período curto, você terá uma intensidade maior. Em uma cidade já com quase cem bairros, você tem que visitar, ir nas empresas, nas entidades organizadas. Vai ser um trabalho mais intenso, que dependerá muito do envolvimento das pessoas para que a gente possa fechar essa campanha de uma forma correta e organizada. Acima de tudo, uma campanha que respeite a legislação”, analisa o pré-candidato.
Segundo Ronaldo, o apoio que tem recebido é o incentivo para disputar a corrida pela Prefeitura de Itabira. “Primeiro, tem que ter bastante coragem para encarar uma campanha eleitoral para prefeito em uma cidade do porte de Itabira. O que nos entusiasma é o apoio que a gente recebe do partido, de amigos e pessoas que sempre estiveram ao nosso lado”, afirma. De acordo com o petebista, a definição pelo seu nome vem desde meados do ano passado. “Nós discutimos e definimos a nossa pré-candidatura. Colocamos a discussão em pauta em uma reunião e foi definido o meu nome. A partir daí estamos cada dia mais motivados e entusiasmados para contribuir com o futuro de Itabira”, completa.
Mais maduro
Vereador entre 1997 e 2000 e prefeito entre 2001 e 2004, Ronaldo Magalhães diz que está mais experiente do que há 16 anos. Não só na idade, mas também dentro da política. “Desde que deixei a Prefeitura, fui deputado estadual e secretário-adjunto de Estado. Com essa bagagem toda, me sinto mais preparado. Tenho mais experiência e também um relacionamento melhor a nível de governo do estado e governo federal. Consegui abrir caminhos mais amplos. E isso, com certeza, para um prefeito contribui bastante”, argumenta.
Ronaldo prevê eleições muito difíceis em 2016. Até agora, mais de uma dezena de pré-candidatos já se apresentaram, mas o petebista acredita em uma disputa mais enxuta. Até agosto, quando se encerram as convenções partidárias, muita coisa pode mudar. Caso seja eleito, já tem algumas áreas que enxerga como pontos críticos a serem trabalhados.
“Tem a questão do Distrito Industrial para ser implantado, que temos que verificar como vai ser isso e criar um processo; tem a questão da água, que em Itabira ainda é muito discutida e necessita de um projeto definitivo; e a educação que precisa melhorar principalmente o Ensino Fundamental. A gente hoje tem a Unifei consolidada em Itabira, mas eu vejo que poucos jovens itabiranos estudam lá. Precisamos de um trabalho que comece nas creches, passe pelo Ensino Fundamental, pelo Ensino Médio e que chegue ao Ensino Superior. Tem também as regiões rurais, que eu vejo que estão sendo deixadas um pouco de lado nos últimos anos”, aponta o pré-candidato.
Ronaldo Magalhães afirma que ainda não tem um vice definido para uma eventual chapa. Não diz nem mesmo se o postulante é do PDT, partido do deputado Nozinho e que aparece como principal apoiador de sua pré-candidatura. Segundo o petebista os esforços agora estão concentrados em fechar a chapa de vereadores. “No dia 2 de abril a gente já quer estar com tudo fechado”, finaliza.
Fonte: DeFato Online
