As pesquisas qualitativas e a pandemia

A pandemia gerada pelo vírus Covi-19, o novo Coronavírus, certamente trará consequências para as eleições municipais de 2020 – seja em um possível adiamento da sua realização, seja em como o tema impactará a definição do voto em candidaturas às Prefeituras e Câmaras Municipais. Por mais que cada município tenha suas especificidades, será necessário, por exemplo, medir o peso que o tema saúde terá no processo eleitoral. Esta discussão passará, certamente, pelo uso das pesquisas qualitativas.

Na prática, pesquisas deste tipo buscam captar aspectos subjetivos e, nas palavras de especialistas, “motivações não explícitas” de pequenos grupos de pessoas (grupos de discussão ou focus groups). Nessa situação, cada grupo é estimulado por um facilitador capaz de realizar processos interativos, captando a opinião das pessoas sobre determinado tema. A explicação é de Adriano Oliveira, Maurício Costa Romão e Carlos Gadelha, no livro Eleições e Pesquisas Eleitorais (Juruá Editora, 2012).

Ainda de acordo com eles, as pesquisas qualitativas esclarecem ao próprio candidato qual a sua imagem como pessoa e como político entre a população, por serem realizada em grupos que servem como amostras e espécies de “porta-vozes” do conjunto do eleitorado. Os autores recomendam que as pesquisas qualitativas sejam realizadas antes das quantitativas e, ainda, antes do início de uma campanha eleitoral. “Elas balizarão o planejamento de ações, discursos, estratégias, e servirão de subsídio para os levantamentos quantitativos”, defendem Oliveira, Romão e Gadelha.

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