Trump muda estratégia de campanha para se fortalecer

Em paralelo ao enfrentamento da crise sanitária que se abate sobre os Estados Unidos e às incertezas em relação à eleição, as estratégias da campanha de reeleição do presidente Donald Trump foram redesenhadas.

O plano inicial de campanha do Partido Republicano era de nos primeiros meses de 2020 dar maior visibilidade à Trump em outras redes sociais além do twitter, com a intensificação de ataques a diversos adversários democratas. Algo similar ao que fez Barack Obama na campanha eleitoral de 2012, quando o democrata atacou Mitt Romney, retratando-o como um político agressivo e sem coração. Porém, o cenário de pandemia tornou esta estratégia inviável.

Foi desenhada então uma nova estratégia para Trump, focando na desconstrução de imagem do adversário Joe Biden, que passou a ser apontado como alguém com fortes ligações com a China, por ter sido vice-presidente na gestão de Barack Obama e ter lidado em questões políticas com o país asiático. Segundo o novo plano da campanha de Trump, a linha central é enfraquecer Biden enquanto reforça a responsabilidade do Governo chinês na propagação inicial da pandemia, tema de grande atenção negativa junto à população norte-americana.

Dando ênfase ao  seu novo posicionamento, Trump afirmou em entrevista na última quarta feira, 29, à agência Reuters que analisa diferentes opções de represálias contra o Governo Chinês, pela forma com que lidaram com a propagação do coronavírus. Disse ainda que Pequim “fará tudo o que puder” para que ele perca a eleição presidencial em novembro para Joe Biden.

Para o estrategista Stephen Bannon, “dados mostram que a forma como o ex-vice-Presidente lidou com a China é uma enorme vulnerabilidade”, mas apesar desta declaração, Bannon admite que as eleições vão ser um referendo à forma como o Trump desempenhou-se durante a pandemia.

Os levantamentos dos próximos meses dirão se a estratégia terá eficácia comprovada. À conferir.

(Com informações do Notícias ao Minuto e do Voa)

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