Em terra com pandemia, digital é rei

Por Lucas Moura (*)

Junho começou e com ele a corrida eleitoral. Dessa vez com um ritmo mais lento para alguns, devido à pandemia por COVID-19 que alastrou o Brasil. Quem imaginaria um cenário caótico como os atuais? Digno de uma produção Hollywoodiana de ficção cientifica, em um mundo no qual as pessoas se tornariam intocáveis, como um mal que ninguém vê semelhante ao do filme Bird Box.

As eleições municipais serão sem dúvidas históricas e atípicas como jamais vistas. Antecipamos quem sabe 8 anos da evolução do comportamento do eleitor, onde ele é praticamente digital e intocável. Já era de se esperar uma campanha digitalizada e cheia de desafios para os candidatos e profissionais de marketing, principalmente para conseguir a mobilização do eleitor. Tira-los de suas casas era uma missão difícil pelo desgaste que vem ocorrendo com a imagem política devida à corrupção. Agora se tornou uma missão de guerra com o país infestado de Coronavírus.

Aperto de mão e abraços a parte, a data eleitoral está correndo, mas com pouca possibilidade de ocorrer realmente em outubro. Essa decisão para o adiamento está nas mãos do ministro Barroso, novo presidente do TSE. A provável mudança é para novembro deste ano, mas isso não muda o modelo que será implantado nesta campanha eleitoral. O trabalho do marketing político será importantíssimo e pela primeira vez será permitido o impulsionamento pago das publicações no Facebook e Instagram na campanha municipal. O corpo a corpo será também Storie a Storie, Zap a Zap, e os comícios se tornarão Livesmícios. O eleitor conseguirá acompanhar a quantidade de presentes em cada evento já que o Youtube, Facebook e Instagram mostram o número da audiência ao vivo.

Os institutos de pesquisas já estão sofrendo muito e os poucos que ainda estão fazendo de forma presencial, são ignorados, dificultando a aplicação e demorando um pouco mais.

Tv e rádio serão utilizados nas grandes cidades, só que provavelmente de forma mais curta e não serão os protagonistas como antes. Serão complementares, diferente das mídias digitais que já estão sendo utilizadas nas pré-campanhas. Os importantes debates deverão ocorrer com dupla transmissão, juntando Tv e plataformas digitais, não tirando a importância deles nas eleições.

Na era em que um smartphone se tornou uma grande arma nas eleições, o segredo de uma campanha vitoriosa pode estar no bolso ou na mão do eleitor.

(*) Lucas Moura é CEO da agência Tripé Comunicação e consultor político à 12 anos.

Fonte: Bahia Notícias

 

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