Partidos de centro acreditam em manutenção da data da eleição

Lideranças de partidos de centro como o Partido Progressista (PP) e o Partido Liberal (PL) apontam dificuldades para a aprovação do adiamento das eleições na Câmara dos Deputados.

O movimento de resistência ao adiamento tem relação com a forte articulação das entidades de prefeitos e vereadores, como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a União dos Vereadores do Brasil (UVB), que defendem a prorrogação dos mandatos dos atuais representantes municipais até 2022. Não sendo possível a prorrogação, uma segunda opção seria a manutenção do calendário eleitoral atual, que traz por consequência o encurtamento da pré-campanha para seus oponentes.

O presidente do PP e líder do partido no Senado, Ciro Nogueira (PI), avaliou quinta, 18 de junho, em entrevista ao Jornal o Estado de São Paulo, que é “praticamente impossível” adiar a votação prevista para outubro. Segundo o senador, os partidos de centro só concordam com o adiamento se for para prorrogar por dois anos os mandatos de prefeitos e vereadores atuais.

Para Ciro Nogueira, mesmo que o Senado aprove o adiamento das eleições, a medida não passaria na Câmara, onde os deputados federais são mais ligados aos prefeitos do País. “Quase a totalidade dos prefeitos gostaria de ter a prorrogação dos mandatos, a gente sabe disso. Mas, não havendo a prorrogação dos mandatos, todos os prefeitos, quase a totalidade, insistem na manutenção de 4 de outubro”, afirmou.

Na mesma linha, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), em entrevista à rádio Jovem Pan, afirmou ontem, 19 de junho, que “o TSE defende a tese de adiar a eleição para 15 e 29 de novembro. No Senado já há uma maioria para aprovar uma PEC nesse sentido. Na Câmara, o Presidente Rodrigo Maia defende que seja aprovada uma PEC nesse sentido. No entanto, a maioria dos líderes têm defendido a manutenção da data da eleição do dia 04 de outubro”.

Para o deputado, será necessário aguardar os desdobramentos dessa contradição entre as posições majoritárias no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.

(Com informações do Estadão e da Jovem Pan)

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