TSE hackeado: fato ou fake?

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi alvo de uma tentativa de ataque hacker ao seu sistema neste domingo (15), que foi neutralizado, confirmou o ministro e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. Segundo ele, houve uma tentativa de múltiplos acessos pela internet, com o objetivo de tirar o site do ar. Veja o que mais se sabe sobre a investida dos hackers.

O TSE foi alvo de ataque neste domingo? O sistema foi invadido?

O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, disse que houve uma tentativa de ataque, mas a ação não foi bem sucedida.

Como foi esse ataque?

Pelas informações disponíveis até agora, foi uma tentativa de derrubar o sistema por meio de vários acessos simultâneos, e não de sequestrar dados do sistema da Corte. O setor de tecnologia do TSE está apurando ainda o que ocorreu.

Foi identificado o autor do ataque?

Ainda não, mas, segundo Barroso, o ataque teve origem provavelmente no exterior.

As falhas para justificar o voto pelo aplicativo e-Título têm relação com o ataque

De acordo com Barroso, não há uma relação direta, mas indireta. Isso porque, após o ataque hacker que derrubou o sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no começo do mês, um dos dois principais servidores do TSE foi desligado como medida de segurança. Com isso, houve sobrecarga no outro servidor, levando a falhas no funcionamento do aplicativo.

O TSE foi alvo de outro ataque além do ocorrido neste domingo?

Segundo Barroso, houve um “ataque antigo”, contra o banco de dados do tribunal, no qual estão guardados os dados dos funcionários do TSE. Ele disse que não é possível precisar ainda quando foi esse ataque. O “antigo” pode ter sido há dez dias ou há cinco anos. Barroso disse que alguns dados vazados apontavam a extensão “.gov”, que não é mais usada no Judiciário. Os sites e e-mails dos tribunais usam “.jus”.

As urnas eletrônicas foram afetadas?

Não. Elas funcionam com baterias e não são ligadas em rede. Segundo Barroso, a transmissão de dados, terminada a eleição, se dá por rede interna. E, se mesmo assim houver problemas, ao fim da votação é impresso o boletim com o resultado. Assim, disse Barroso, mesmo nunca tendo ocorrido problemas na transmissão, se houver agora, é possível checar os resultados olhando o boletim.

O TSE vai dar mais detalhes sobre o ataque?

Barroso disse que vai se reunir ainda com o setor de tecnologia da informação da Corte e, em entrevista coletiva às 20h, vai dar mais detalhes.

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