Um encontro com Duda Mendonça em plena campanha presidencial de 2002

Polêmicas à parte, o profissional de comunicação Duda Mendonça sempre exerceu um grande fascínio para os demais comunicadores, Brasil afora, a partir das década de 1990.

Foram muitas as técnicas vitoriosas utilizadas na produção e condução de suas campanhas, em tempos nos quais as ações e peças publicitárias utilizadas em uma campanha eleitoral ainda não eram alvos de tantas regulamentações e leis e ainda se podia desenvolver a criatividade plena para amenizar o assunto sempre tão pesado, como o universo político.

“Duda Mendonça foi um dos grandes nomes da geração dos Marketeiros que teve seu apogeu nas décadas de 1990 e 2000, na era das campanhas de TV. Sempre foi lembrado na defesa deste modelo registrado na história das eleições brasileiras.” (Aurízio Freitas – ABCOP/CE)

Duda não era publicitário de formação, – como a maioria dos bons publicitários brasileiros não o são, em razão da desregulamentação profissional, que não exige formação superior para exercício dessa atividade, bem como dos cursos de comunicação social serem ainda raros até o inicio da década de 1970 – no entanto, o baiano apreciador das rinhas de galo carregava o talento de utilizar bem a comunicação que mexia no emotivo e imaginário das pessoas.

Foi assim que criou, conduziu e estabeleceu uma “marca” para o ainda candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que viria pelas mãos de Duda Mendonça a ocupar a mais alta cadeira da política nacional. Utilizando-se da emoção, Duda extraiu na história de vida de Lula, um retirante saído de minha terra Garanhuns, em Pernambuco, a emoção que à época tomou conta do imaginário popular.

No dia 26 de Setembro de 2002, há poucas semanas portanto da vitória do ex-presidente Lula, Duda Mendonça esteve em Garanhuns e no Hotel Tavares Correia, onde pude conversar por alguns momentos com o Mestre do Marketing, que após polêmicas problemas com a justiça decidiu encerrar a atividade com clientes políticos. Na ocasião, Duda autografou o seu livro para mim,  e a partir dai fortaleceu meu anseio por continuar e conhecer mais sobre esta atividade.

Se vai o homem, ficam as suas marcas e o seu legado…

Artigo originalmente publicado no blog do consultor político Marcelo Jorge*.

Para ler o artigo original, clique aqui.

*Marcelo Jorge é jornalista (DRT-7082/PE), publicitário, radialista e consultor politico filiado a ABCOP, com participação vitoriosa em dezenas de campanhas eleitorais majoritárias e proporcionais em Pernambuco.