Sul-coreanos enfrentaram coronavírus para votar

Mãos lavadas com desinfetante, medição de temperatura, uso de máscara e de luvas plásticas e uma distância de um metro entre os votantes. Foi seguindo este ritual que o eleitor sul-coreano participou das eleições parlamentares realizadas ontem, 15 de abril de 2020, em todo o país.

Antes da abertura das urnas às 06h da manhã, os 14.330 locais de votação foram desinfetados. Os eleitores com sintomas de febre e com problemas respiratórios votaram em cabines isoladas. Foi uma verdadeira operação de guerra. Apesar de tudo, a participação no pleito foi de 66,2%, a mais alta para eleições parlamentares desde 1992.

E por falar em guerra, este ano a Coreia do Sul reafirmou sua a marca histórica de nunca ter adiado uma eleição, nem mesmo durante a Guerra entre as duas Coreias (1950-1953). Naquele período as eleições presidenciais aconteceram no dia 5 de agosto de 1952 e 88% dos eleitores participaram.

O pleito deste ano 2020 elegeu os 300 deputados para a nova legislatura da  Assembleia Nacional coreana. Concorreram 35 partidos e 44 milhões de eleitores acima de 18 anos, estiveram aptos a votar. Mais de 11 milhões de eleitores optaram por votar de maneira antecipada nos dias 10 e 11 de abril, reduzindo assim a exposição ao risco de contágio no dia das eleições.

O resultado das eleições até então garante 163 cadeiras na Assembleia Nacional para o Partido Democrata do Presidente Moon Jae-in, contra 97 cadeiras do bloco liderado pelo Partido Futuro Unido, principal partido da oposição.

O governo de Moon foi fortalecido nas últimas semanas pela aprovação da população às medidas de combate ao coronavírus. No país não houve confinamento, mas sim uma estratégia de testes em massa dos casos suspeitos de Covid-19, além do acompanhamento dos cidadãos através de aplicativos de geolocalização.

(Com informações do Público, Expresso, Diário de Notícias, RFI e Swissinfo)

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