Dando sequência a série especial sobre o Plebiscito sobre a Forma e o Sistema de Governo, vamos abordar no sexto post o jingle da campanha em favor da Monarquia.
Toda campanha que se preze tem pelo menos um jingle marcante. As forças envolvidas no plebiscito sobre forma e sistema de governo realizado no Brasil em 1993 tinham consciência disso e, com estilos variados, ofertaram ao público peças marcantes e de estilos distintos. Nos 50 dias de campanha, seja no rádio, na TV ou nas ruas, os brasileiros puderam ouvir e cantar jingles em defesa da Monarquia, do Parlamentarismo e do Presidencialismo. Todos estão disponíveis para consulta no YouTube.
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Peça marcante do período, o jingle pró-Monarquia, em tom solene e executado por voz feminina, conclamava o brasileiro a conciliar modernidade e tradição, utilizando até o adágio popular Quem foi rei nunca perde a majestade. Em ritmo lento, mas intenso, tinha no seu refrão um ponto forte, sobretudo quando foi ao ar em programas com imagens de crianças, remetendo ao futuro, coroado com um refrão vibrante:
Por isso, vem brasileiro, entrar na real
Pro nosso Brasil sair dessa afinal
A luz de uma ideia mudar o país
Justiça e paz dentro da lei
Vote no rei
O clímax do jingle era eficiente com o encerramento marcado pelo slogan “Vote no rei”. A conclamação a se votar em um soberano foi questionada publicamente pelos defensores da República (tanto parlamentaristas quanto presidencialistas), uma vez que, ao votar na Monarquia, o eleitor não estaria elegendo um soberano, mas sim viabilizando a forma de governo que permitiria ao Congresso Nacional escolher o monarca entre os membros da família Orleans e Bragança – a família real brasileira, por determinação legal.
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Os monarquistas contaram com uma ajuda adicional: como não havia campanha específica para a República, ocuparam este espaço sem concorrência. Pelo menos, não diretamente.
Confira o jingle: