A nova dinâmica das coisas

A Covid 19, de maneira abrupta e indistinta, nos pegou de surpresa pela forma de seu contágio e letalidade nos deixando prostrados com suas centenas de consequências, dentre elas o isolamento social e a crise econômica advinda, varrendo conceitos que estavam estabelecidos desde os primórdios.  Não sabemos se será um admirável o mundo novo, mas lembrando Aldous Huxley “o que importa não é onde estamos, mas para onde e como vamos”. Pois tudo é movimento, tudo é transformação.

A dinâmica de nossa sociedade com seus valores, crenças, desejos e necessidades inseridos em nossa vivência deverão ser tratados de nova maneira. O que se faz pode não mudar tão rapidamente, mas como fazemos as coisas, no entanto, deverá mudar de forma acelerada.

Somente uma nova dinâmica com movimentos e forças superiores aos presentes é que superarão e nos impulsionarão para um novo futuro. E a primeira força desse movimento é o que chamamos de resiliência, é a força primária, o novo dínamo, que nos dará o impulso necessário semelhante a um motor de arranque que nos levará ao aprimoramento, evolução, para isso devendo haver iniciativa e coragem de decisão.  Também podemos lembrar-nos de Arquimedes que dizia “dê-me um ponto de apoio e uma alavanca que moverei o mundo”, e acreditamos que a plataforma dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são pontos importantes para impulsionar as mudanças que precisamos e que queremos nos eixos das pessoas, planeta, prosperidade e paz por meio de parcerias estratégicas vitais.

Essa nova dinâmica deverá ser construída sob outros pilares de nossa sociedade que, a saber, são:

  • REPENSAR – nossa essência, o que e como será nossa vida daqui para frente. A agenda dos ODS no cenário pós covid é uma plataforma para a transição para esse novo cenário que promoverá o equilíbrio entre o socialmente justo, o ambientalmente responsável e o economicamente viável. O aqui e o agora com vistas a um futuro melhor e mais harmônico.
  • RESOLVER – nossas desigualdades (ODS 10), a solução da miséria (ODS 1), da fome (ODS 2), a precariedade do atendimento na saúde (ODS 3) ainda persistente atualmente em nosso país.
  • REELABORAR – nossos pensamentos e nosso modo de agir em nossas vidas, pessoal e profissional, e as adequações necessárias para isso por meio de educação de qualidade (ODS 4) que seja realmente transformadora na vida de toda a humanidade.
  • REIMAGINAR – nossas relações interpessoais e nossa interação com esse mundo novo. Pensar nas questões de gênero (ODS 5), onde o espaço das mulheres seja ocupado onde, quando e como desejarem.
  • REDUZIR – nosso consumo e nossa pegada ecológica e as consequências dessas ações. Reduzir o consumo de água, energia, matérias primas e produtos acabados. Antes de sair comprando as coisas perguntar-se a real necessidade. E não custa nada separar os resíduos nas residências e ambiente de trabalho. (ODS 6, ODS 7 e ODS12).
  • REINVENTAR – nossa forma da geração de renda, visualizando formas de empreender e ofertar empregos (ODS 8) e a maneira de produzir a riqueza para o impulso do Homem e o consequente investimento na inovação e tecnologia nas indústrias do futuro (ODS 9).
  • REDESENHAR – nossas cidades e suas estruturas adequando-as a esse mundo novo e suas imediatas consequências, tornando-as sustentáveis e acessíveis a todos, sem a exclusão de ninguém (ODS 11).
  • REFORMULAR – nossos conceitos e interação com o meio ambiente, com os seres vivos e a sociedade. Respeitar todas as espécies nos ambientes, aquático e terrestre, devendo as gerações, presentes e futuras, terem direito a ar limpo, água e recursos para sua sobrevivência (ODS 13, ODS 14 e ODS 15).
  • RESIGNIFICAR – nossos valores de vida e ética, respeitando a Cultura da Paz (ODS 16) e fomentando ações contra a corrupção, fortalecendo a ética cidadã de todos os atores sociais (ODS17).
  • REVISAR – nossas metas pessoais, profissionais, de cidadãos avançando com propósito para a construção desse admirável mundo melhor.

A compreensão de que o planeta não pertence a ninguém ou a qualquer geração, deve ser compartilhada com um sentimento de urgência com os OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, comprometendo-nos a agir com destemor nas mudanças necessárias para proteger o que nos cabe de direito pós-cenário Covid: Uma sociedade mais sustentável.

Artigo escrito por Hugo Weber Jr, Agressor Zero – Sustentabilidade Corporativa, colaborador voluntário e Rosane Fontoura do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE.

 

 

 

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